sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

BP ENTREVISTA VITOR BÁRBARA

Inicialmente, perguntamos a VITOR BÁRBARA: “O PDT de Três Pontas poderá vir a integrar a coligação que dará apoio à provável candidatura do ex-prefeito PAULO LUIS RABELLO?”

VB - “Hoje, é bom deixar bem claro, que ainda não existem candidatos. O Paulo Luis Rabello é pré-candidato a prefeito. Ele está trabalhando com os partidos, tentando aglomerar os partidos, conforme eu também sou pré-candidato a vereador pelo PDT. Existe, sim, a iminência do PDT participar da coligação do ex-prefeito e pré-candidato a prefeito Paulo Luis Rabello, que milita no PPS. A definição será do diretório do partido, mas tudo indica que o PDT dará seu apoio a Paulo Luis Rabello. Com relação ao motivo desse meu apoio, é porque eu tive a oportunidade de, na gestão passada, quando ele foi prefeito, ser vereador, e vi a seriedade, o respeito, o caráter, de Paulo Luis, e a preocupação com que ele trata a coisa pública, sempre pautado pela legalidade e preocupado com a população, como um todo, tentando fazer o melhor possível. Por essas e outras razões, é que entendo que é uma boa opção estar coligado ao Paulo Luis”.

BP – “Qual a sua opinião sobre a questão do aumento do subsídio, ou seja, a majoração dos vencimentos dos atuais vereadores, sabendo-se que tal medida não foi aprovada pela opinião pública, pelo que se viu”.

VB – “No meu modo de entender, apesar de eu não ser vereador, foi precipitado. Poderia ter esperado um pouco mais. Hoje, a gente sabe que o funcionário público passa por um momento de muita dificuldade. O Município está sempre pregando que não tem dinheiro para dar aumento para os servidores, então eu acho que não era o melhor momento. O vencimento dos vereadores era um bom vencimento. Daí, eles (os vereadores) poderiam ter esperado, já que, com esse salário, eles teriam muita gordura pra poder queimar, o que evitaria tamanha contrariedade de parte dos munícipes, porque tem muita coisa pra ser feita no município, ao invés dessa preocupação com tal reajuste salarial dos vereadores. Mas, enfim, foi uma decisão tomada por eles, mas, em meu entendimento, foi precipitada. Poderiam ter esperado um pouco mais”.

BP – “Qual a sua avaliação sobre a atual administração de Três Pontas? Boa, regular, ruim. O que você pensa a respeito?”

VB – “Se formos analisar conforme toda a população analisa, é uma administração ruim, o que tem amparo na imprensa escrita, televisiva. Não é uma boa administração. Eu acho que muita coisa ficou a desejar, que não convém dizer aqui agora, com todo respeito à atual administração. Não apenas eu que digo, mas é o clamor da população de Três Pontas, no sentido de ser uma administração que deixa muito a desejar. Deveria dar mais atenção aos anseios do povo, o que não foi feito. Então, eu acho que é uma administração ruim”.

BP – “No seu entendimento, do que Três Pontas necessita mais hoje, para gerar uma qualidade de vida melhor para sua população, incluindo saúde, lazer e distribuição de renda?”

VB – “Eu acho que, na parte de festas, foi até razoável. Teve muitas festas, mas é bom lembrar que qualidade de vida não se resume a lazer, festas. Não estou dizendo que sou contra as festas. Não é isso. O que digo é que não deve haver só festas. Tem de haver preocupação, por exemplo, com a questão relacionada à saúde pública. Hoje muita gente me procura, como ex-vereador, procurando uma forma de realizar exames médicos, ter um melhor atendimento médico nos postos de saúde. Medicamentos, às vezes faltam. A questão dos empregos, é outro problema sério, pois Três Pontas ainda não se desvinculou da monocultura do café. Ainda continua dependente do cafeicultor, enfim, do produtor rural. E a gente sabe muito bem que a colheita do café acontece uma vez por ano. Terminou a colheita do café, o pessoal volta a ficar desempregado. Prova disso é que na época da apanha do café o pessoal nem vai aos postos de saúde. Não quero dizer, com isto, que o apanhador de café deixe de adoecer nessa época. O que digo é que, quando esse mesmo trabalhador está empregado na apanha de café, ele reúne condição financeira que possibilite a ele realizar consultas e exames clínicos particulares. Então, a questão do emprego deixa muito a desejar aqui em Três Pontas. Nós tínhamos aqui a Biosep, que fechou há poucos dias, que gerava empregos, além de outras empresas que, na administração anterior, vieram para Três Pontas, as quais também já estão “capengando das pernas”. No meu conceito, tem de olhar mais para as áreas de emprego e saúde. A área da educação até que caminha razoavelmente. No mais, a questão do salário do servidor público é outro problema. Sabemos que hoje o trabalhador municipal trespontano ganha menos de um salário mínimo mensal, o que é inconstitucional; daí a necessidade de se fazer jornada de horas extras, que, na minha opinião, é justo, pois, se assim não for, ao chegar o fim do mês, não dá nem pra comer”.

Por fim, o entrevistado ressaltou que o apelido “Baião” se deve à sua participação na dupla sertaneja “Baião e Baiãozinho”, que se apresentava na cidade e região há alguns anos. Lembrou que as eleições municipais acontecerão no dia 07 de outubro deste ano e desejou que o eleitorado vote bem, com consciência, escolhendo o melhor para Três Pontas.